terça-feira, 28 de julho de 2009

Desapego.


Você era sol e eu queria luz. Era chuva e eu precisava de água. Éramos começo, novidade. O primeiro doce do pacote, a primeira mordida de uma boca com fome. E eu era faminta. Saboreava a vida como um tempero exótico. Eu era a cega que voltava a ver, e você era a primeira tonalidade. Enfim, éramos um doce. Um doce problema. Porque o problema de toda novidade é que o novo tem validade.

Curta. Não importa o quanto o sentimento seja legítimo: se é novo, uma hora fica velho. Com o tempo, cria artrites, os ossos enfraquecem, e como nas pessoas, o coração falha. Às vezes entope, às vezes corre. Mas tem vezes que pára. Hoje eu quis entender porque é que o meu desacelerou. Se era antes capaz de parar o tempo, decretar a paz e jurar estabilidade, hoje negou a si mesmo. Não porque era superficial, nem porque não aguentou o tranco. Sinceramente, eu nem sei bem o por quê. Só sei que hoje eu quis um pouco mais de mim e um pouco menos de você.

Não sei se chamo isso de fracasso, vulnerabilidade ou se é só uma lição pra me fazer te dar valor quando tudo não parecer mais tão seguro. Sou vulnerável às mudanças do tempo e não tenho imunidade contra o desinteresse. Ninguém tem. Ninguém que teve um brinquedo, uma música favorita ou um sentimento extraordinário saberia eternizar o impulso do início. A insatisfação, muitas vezes, é o que faz as coisas andarem. E desta vez, ela me faz andar para um lado contrário ao teu.

Por mais que a contraditória aqui seja eu. Ou que as palavras tão firmes de antes hoje pareçam poeira. Se até a dona natureza, que é sábia, tem mudanças de estações, eu - que sei tão pouco de tudo - acho que também posso ter. E posso criar meu próprio tsunami se bem entender. Correndo o risco sim, de parecer volúvel. Mas nunca me entregando à mediocridade que é viver com um coração resignado. Ou de oferecer amor em um tom apagado. Se é vida o que você me propõe, considere a missão cumprida. Quanto mais inexplicável tudo parece, mais eu me sinto viva.

Nota: O texto de hoje não é meu e, sinceramente, não sei quem escreveu... só sei que eu sempre AMEI essa crônica e a acho extremamente FODA! Por mais que eu esteja mega feliz com meu namoro e esteja curtindo um relacionamento bom e inexplicável, algumas coisas me tiraram do sério hoje. Minhas amigas provavelmente entenderam para quem seja de uma forma específica. Brincar com meus sentimentos, mentir pra mim, me enganar... são coisas dentro do meu cotidiano né? Mulheres, entendam: ex-namorado bom é ex MORTO! :D
Fica a dica!
Beijos gigaaaaantes :**
P. Nayade.

quinta-feira, 23 de julho de 2009


Quero que me aplaudam, que eu possa cantar no banheiro por quantas horas forem. Quero bater um recorde, ser famosa por algo que eu realmente mereça. Desejo estar grávida de idéias novas, um quarto só pra mim com som MP3 para que eu possa dançar e chorar sempre que eu quiser. Quero beijar na chuva, cair numa poça de lama, chegar toda molhada em casa e abraçar a primeira pessoa que eu encontrar. Quero ter overdose de brigadeiro, sorrir sem malícia para um estranho na rua, briga de travesseiro, uma boa conversa no final de um dia ruim. Quero rir na hora errada, fazer piada com os amigos, deixar que eles riam de mim à vontade. Quero me apaixonar, ter um amor para a vida toda, que meu namoro dure um pouco mais. Quer aprender a errar e me decepcionar, e se puder, pegar umas aulas de italiano e francês na facul. Eu quero mais. Muito mais. Tenho fome de aventuras. Louca? Não. Apenas uma menina que nasceu ontem demais e que torçe para que ainda não tenha perdido toda a diversão.


Nota: Minhas férias estão acabaaaando, SOCORRO! Tava tudo tão bom; indo para o parque aqui do lado e passando a tarde inteira com o meu namorado, acordando onze horas da manhã, dormindo duas da manhã, não pegar em um livro e nenhum caderno... Pois é, quinta-feira que vem estarei lá, aproveitando e ralando o meu último semestre de estudante de ensino médio! Mas, sinceramente, queria minhas férias para sempre T.T Acho que todos nós queremos.

Boa noiite e beijo GIGANTE para todos!

P. Nayade

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amigos :)

Tenho amigos que não sabem o
quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes
devoto e a absoluta
necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais
nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela
se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme,
que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar,
embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os
meus amores, mas enlouqueceria
se morressem todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem
o quanto são meus amigos e o quanto
minha vida depende de suas existências ….
A alguns deles não procuro, basta-me
saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir
em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com
assiduidade, não posso lhes dizer o
quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica
e não sabem que estão incluídos na
sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta
que os adoro, embora não declare e
não os procure.
E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem
noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis
ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte
do mundo que eu, tremulamente,
construí e se tornaram alicerces do
meu encanto pela vida.

Se um deles morrer,
eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam,
eu rezo pela vida deles.
E me envergonho,
porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos
sobre alguns deles.

Quando viajo e fico diante de
lugares maravilhosos, cai-me alguma
lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer …
Se alguma coisa me consome
e me envelhece é que a
roda furiosa da vida não me permite
ter sempre ao meu lado, morando
comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e,
principalmente os que só desconfiam
ou talvez nunca vão saber
que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.

(Vinícius de Moraes)


Nota: Hoje resolvi não escrever algo, mas, além de ser o aniversário da minha mãe, hoje é o dia do amigo. Então, como homenagem, esse texto de um dos meus maiores ídolos quando se fala de literatura *-* Sei lá, esse texto é interessante e eu amo então, não poderia mas como DEVE estar no meu blog.

Beeeijos melosos e grudentos,

P. Nayade

sábado, 18 de julho de 2009

Sonhos.

Ganhar a primeira bicicleta sem rodinhas. Tirar um dez em matemática. Ser famosa. Virar um médico ou um advogado. Sonhos. Parecem pequenos aos nossos olhos, talvez seja por eles existirem apenas em nossa cabeça cheia de idéias, mas carregam consigo uma responsabilidade tão grande que eu não saberia descrever em uma simples crônica.
Vou ser sincera: já pensei sim em desistir do meu sonho. Já pensei em jogar tudo pro ar e gritar "foda-se" para quem quisesse ouvir. Será que todo o meu esforço havia sido em vão? Pra que esse investimento todo? Não tinha um porquê para mantê-lo aceso, vivo. Fiquei perdida em pensamentos um bom tempo até me tocar que não é assim que as coisas funcionam. Lágrimas, culpas, não vão mudar o que já está feito. Nunca vão mudar.
Mas pensei direito... Não vale a pena. Não se pode entregar os pontos assim tão facilmente. Nessas situações, assim como muitas outras, não merecem a desistência, mas sim a persistência. Tentar de novo, bater várias vezes a cara na parede, levantar de inúmeras maneiras após uma queda feia. Por mais que pareçam pequenos e impossíveis, os sonhos fazem isso conosco: eles nos erguem e fazem com que se insista neles. Falo isso porque eu passei por essa situação. Realmente, não posso desistir agora. Pode não ter sido minha hora, algo que eu fiz que não devia ter feito, alguma estratégia minha deu errado... Ah! Não adianta nos culparmos, mesmo apostando todas as nossas fichas no nosso maior desejo, quando o que queremos não acontece. O segredo é levantar, nos reconstituir e recomeçar a caminhada de onde paramos. Só não pode-se pensar que jamais irá cair novamente... Ainda existiram inúmeras pedras que, no mínimo, ao tropeçarmos nelas, ralaremos os joelhos, porém, quando encontrarmos outro obstáculo, ao invés de cair, iremos passar por cima. Todos merecem evoluir, se superar algumas vezes. Algumas não, infinitas vezes.
Bom, se eu desistisse, estaria apenas fugindo de um sofrimento ou outro, de uma queda ou outra. E isso não me faria crescer em nada, nenhum pensamento evoluiria da forma que eu desejasse. Então me decidi: não irei desistir. Não tão fácil assim. Talvez porque sejam os meus sonhos... Eles sabem o que eu sinto e o tanto que eu me esforço todos os dias para alcançá-los, e, por serem meus sonhos, merecem e sempre vão merecer mais uma chance.

Nota: Eu não passei no vestibular no curso que eu mais desejo na face da Terra: Letras Português, e precisava escrever algo assim. Considerem uma crônica baseada em fatos verídicos.
Beijos imensooos,
P. Nayade

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Saudades.


Estou bêbada. Sim! Estou exageradamente bêbada e quando fico assim tenho uma puta vontade de escrever. Resolvi redigir uma carta a você, não porque você é importante e muito menos porque faz, aproximadamente, um ano que não te encontro para tomar um café. Simplesmente porque estou a fim de gastar meu tempo com palavras jogadas em um mísero papel que, logo,logo, estará guardado em uma gaveta empoeirada e coberta de traças. Você está bem? Eu estou melhor do que nunca! Apesar do meu chefe ter me despedido hoje de manhã, meu cachorro fugiu, o aluguel do meu apartamento está atrasado, não estar passando nada de interessante na televisão e eu ter batido meu carro semana passada, tenho a certeza de que estou maravilhosa. O álcool da felicidade passeia nas minhas veias, me trazendo uma sensação de muito bom humor. E essa embriaguez me condena fazendo-me parecer uma doida varrida! Porém, ela não consegue tampar uma enorme úlcera que tenho em mim. Saudades. Saudade de todas as noites acordados que passamos. Saudade das caminhadas sob o sol de domingo de manhã. Saudade das horas faladas no telefone. Saudade das tardes sem fazer porra nenhuma. Saudades das músicas que ouvimos e das asneiras que falamos que hoje ninguém lembra mais. Saudades do seu jeans velho. Dos seus olhos. Da suas bochechas rosadas. Saudades de você.
Há muito tempo você partiu e me deixou esse buraco faltando. Pode ser arquétipo falar algo como isso, mas que se dane! Não estou escrevendo contas matemáticas e sim sobre sentimentos. Apesar de fazer muito tempo que não sei o que essa palavra significa. Você levou meu sorriso, meu olhar, minhas alegrias e tristezas, bobagens e seriedades, meu lado criança, meu lado adulta. Não me sinto mais como me sentia ao seu lado e, com isso, descobri que não consigo viver nenhum minuto que for longe de você. Não mais.
Estou grávida também. Grávida de novas idéias, de novos textos, novas notícias e até mesmo de novos amores, mas nenhum deles consegue substituir o carinho que me fez amar você. Sei que agora você está longe. No Paraíso. No Céu. Porém, eu preciso das coisas que roubou de mim. Quero-as todas de volta! E pode me esperar: eu já estou indo para busca-las e sentir o seu calor unido ao meu mais uma vez. E dessa vez é pra sempre.


Nota: Hoje foi a estréia do Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Cara, MUITO bom! Apesar de não lembrar direito da história, aos poucos fui relembrando do livro. Gabi, Vasco, Vitor e Ju (apesar de não ter sentado perto da gente) foram uma excelente companhia :) Depois do filme, eu e a Gabi fomos para Pump matar um pouquinho da saudade né amiga? Valeu a pena chegar uma hora para ficar em pé numa fila e garantir um lugar bom, mesmo depois estando tão cheio a ponto de ficarmos sem ar. Bom, meus dias agora serão tédio acho que nem sei bem mais até quando... Povo que num viaja é foda mesmo.

XOXO,

B. Lullaby *

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O beijo


E então ele me beijou. Por mais que eu estivesse adorando aquele momento, não podia deixar de achar um pouco estranho afinal, era a primeira vez que via o tal estranho do telefone e ainda mais estranho que isso é por esse ser o Rafael, amigo do meu irmão que eu já frequentava minha casa há tempos e que tinha falado coisas horríveis para mim quando comentei do garoto misterioso que me ligava há alguns dias. No dia do meu aniversário, ele marcou de se encontrar comigo debaixo da grande cerejeira que havia no parque próximo a minha casa às oito horas da noite. Era a primeira vez que o encontrava depois de quase um mês falando com ele apenas por telefone sem saber quem realmente estava do outro lado da linha. Mas enfim aquilo acabara. Eu enfim vi o rosto daquele garoto que me mimava, me colocava pra dormir, da voz suave e grossa falando coisas bonitas que faziam meu coração bater mais rápido. O beijo do Rafa era uma mistura de sensações e sentimentos. Ele me beijava e segurava minha cintura contra o caule da árvore como se fosse a última coisa que ele faria naquela noite e tinha um gosto de bala de menta fazendo com que deixasse uma ardência leve na minha língua me causando uma sensação maravilhosa. Nossos lábios se encaixavam em uma tamanha sincronia com uma perfeição tão aguçada que passamos quarenta e cinco minutos e na minha cabeça acabavámos de começar. Eu procurava fôlego e não achava; tentava controlar meu coração desritmado, mas não dava conta; parar de tremer então... totalmente inútil. Nunca fui fã do meu auto-controle. Ele me causava isso com uma facilidade tão grande e eu parecia uma criança em seus braços. Sim, uma criança que estava fazendo o impossível para eternizar aquele momento debaixo daquela cerejeira, com aquele menino que fazia meu coração acelerar e desacelerar ao mesmo tempo.

domingo, 12 de julho de 2009

Começar do zero.


Como todos sempre dizem que para sempre tem uma primeira vez, aqui estou eu tendo a minha primeiríssima experiência no Blogger. Já tive um blog para publicar meus trabalhos como escritora, porém teve seu pico de sucesso assim como teve sua decadência e também porque enjoei dele, assim como faço com as coisas que não chamam a minha atenção. Minha amiga estava super feliz com o blog dela, me mostrando as postagens, dizendo o quanto era bom e tudo mais, então pensei: "Porque não?". Apesar de falar para ela que não iria fazer um, acabei pensando duas vezes.
Bom, vou ficar com esse pseudônimo de "Bella Lullaby" para postar as minhas coisas porque eu quero parecer um pouco misteriosa mesmo que, provavelmente, minha identidade acabe sendo revelada por algum amigo meu ou amiga minha que venha a cair e ler os meus posts.

Vou postar alguns textos meus assim como vou abrir minha vida para alguns olhares curiosos. É bem legal fazer arte com uma platéia olhando! Com o tempo, vai ser fácil de me conhecer apenas pelas coisas que eu escrevo, considerando o fato de que eu deposito meus sentimentos neles. Não espero comentários e mais comentários sobre os posts porque o que eu menos preciso e desejo é popularidade para massagear meu ego, porém espero considerações ao meu trabalho. Apenas isso. Posso não ser uma escritora famosa com milhões de cópias publicadas, mas ao menos eu arrisco, eu tento fazer o melhor de mim e apenas isso basta.

Beijoos grandes :)
B. Lullaby.